sexta-feira, 28 de abril de 2017

Bala Perdida é 1º filme com incentivo da Cultura a ser rodado neste ano

 Rodivaldo Ribeiro


A produção do curta-metragem Bala Perdida, dirigido por Luiz Marchetti com roteiro de J. Astrevo (o Lau, da dupla Nico e Lau) já terminou a fase captação de imagens no final de semana do último feriado (o de Tiradentes). O set de filmagem, montado em pleno centro velho de Cuiabá, chamou a atenção de curiosos.
O projeto é de 2016, quando a dupla Nico e Lau mais Marchetti concluíam o filme Canhaim. “Astrevo mencionou que havia um roteiro do formato Papo Cabeça (uma série de programas curtos para a televisão) que merecia atenção e duração maiores. Era algo diferente. Não era comédia”, explica o diretor ao .
Carol Marimon
Bala Perdida
Atores locais, como Romeu Benedicto, Lioniê Vitório e Fabrício Chabô em cena de Bala Perdida
Esse roteiro levantava questões sociais importantes e ao mesmo tempo trazia uma trama bem construída, disse Marcheti. A dupla Nico e Lau queria ampliar as interpretações deles para além do humor. Decidiram inscrever o roteiro no concurso direcionado a editais de projetos audiovisuais da Secretaria de Estado de Cultura (SEC). O roteiro, já como projeto, foi um dos seis premiados.
Toda essa primeira etapa foi concluída no domingo (23). Agora vem a transferência de áudio para a ilha de edição, pronta para iniciar no sábado (29) seguinte ao fim das filmagens. Astrevo alterou o projeto várias vezes, “sempre muito coeso”, continua Marchetti.
A produção da MT Okamura (responsável pelo filme de Astrevo e Marchetti) conta com a participação de 40 profissionais, divididos entre técnicos, diretores e elenco. As captações de imagem e som se espalharam por lugares tão diversos quanto lajes de hoteis, o bairro do Porto, parque de diversões, a Universidade Federal de Mato Grosso, além das ruas e pontos de ônibus da capital.
Outros quatro curtas, entre eles Aquele Disco da Gal, de Juliana Curvo, também começou a ser rodado nesta semana. O primeiro dia foi inteiramente baseado nas cenas em um apartamento no bairro Lixeira. O roteiro (sem spoiler) trata de um casal recém separado e a relação deles com a filha dos dois. A mãe é quem vai deixar a casa da família.  No elenco, os atores Luciano Bortoluzzi (paulistano) e Tatiana Horevicht (mato-grossense), além de Gabriela Iaia.
Foram dois dias somente para fazer a direção de arte do apartamento, entre cenografia e montagem de cenário.
Um piloto de telefilme documental começa, diz a SEC, a ser idealizado nos próximos dias. As gravações devem seguir até o final do mês de maio. As outras obras audiovisuais começam a ser filmadas já no próximo semestre.
“É um investimento importante. Gera trabalho, renda e perspectiva para o audiovisual de MT, além de valorizar profissionais locais e proporcionar exercício de cinema no interior do Brasil”, lembra J. Astrevo.
Bala Perdida tem cenas extraídas da vida periférica. Os humoristas Nico e Lau buscam dar leveza à abordagem de temas como violência urbana.

Três produtoras fizeram um box de produção. Contrataram equipamento de primeira com isso

Além da MT Okamura, três produtoras -- a Molêra Filmes, Leão Film e A Produtora -- se uniram e formaram um box de produção a fim de otimizar a contratação de equipamentos de ponta para cinema e mão de obra qualificada. No total serão investidos R$ 650 mil, com a geração de 250 empregos diretos e cerca de 60 indiretos, além de hospedagem, alimentação e combustível para produtores, atores e equipe técnica.
Aproximadamente 180 figurantes e 30 atores profissionais vão atuar nos cinco projetos e cada set de produção de filme conta com mais de 40 técnicos em cinema. A coordenação de produção é de Paulo Afonso Nogueira, de São Paulo, e a direção de Arte de Rachel Oleksy, do Paraná. O corpo de produção e mais de 80% do corpo técnico são formados por profissionais de Mato Grosso.
Iniciativa inédita, afirma a produtora executiva dos projetos realizados de forma cooperativa, Bárbara Varela. “O box de produção possibilitou que trouxéssemos para Cuiabá o que existe de melhor em tecnologia, câmeras de ponta, como a ARRI Amira, lentes de cinema, luz e demais equipamentos. É o sonho de todo produtor. Todas essas produções hoje são possíveis graças a um coletivo de roteiristas, diretores e produtores que se uniram há dois anos com o objetivo de fazer cinema e produções audiovisuais”, comemora.
A estrutura montada para a produção tem a mesma grandiosidade de um longa-metragem. São várias equipes, entre produção, locação, direção de arte, preparação de elenco, figurino e maquiagem. “Os filmes têm alto grau de complexidade. Nos sets teremos chuva, raio e fogo, além de outros artifícios cinematográficos”, lembra o diretor de fotografia, Marcelo Biss.
Para as gravações externas a produção dos filmes vai contar com o apoio do Corpo de Bombeiros, no caso das cenas de fogo, da Prefeitura de Cuiabá, que fará o fechamento de vários pontos da cidade onde serão realizadas as filmagens e o apoio logístico da Polícia Militar de Mato Grosso.
Carol Marimon
Bala Perdida
Equipe técnica  monta maquinário de travelling sob os olhares atentos de atores
Mais de 300 profissionais estão envolvidos neste primeiro momento dos projetos selecionados no certame lançado em julho de 2016, que contempla o desenvolvimento de 13 produções mato-grossenses, trabalhos em curta, média e longa-metragem em ficção e animação, telefilme documental e pilotos de produtos para a TV. O investimento é de R$ 4,5 milhões, sendo R$ 1,5 milhão da SEC e R$ 3 milhões do FSA. Representantes do segmento afirmam que este investimento no audiovisual local é histórico.
Conforme Barbara Varela, o estímulo às produtoras mato-grossenses é fundamental para que seja possível o desenvolvimento de cinema no Estado, bem como o aperfeiçoamento da cadeia produtiva, como o que está ocorrendo neste momento em Cuiabá. “Os editais lançados pela Secretaria de Estado de Cultura garantiram investimento no audiovisual com qualidade nos roteiros e na produção dos filmes. Isso reforça como o poder público pode e deve estimular a cadeia produtiva”, lembra. (Com Assessoria)






quinta-feira, 27 de abril de 2017

Filmagens de curtas-metragens movimentam audiovisual mato-grossense


Série de gravações começou neste fim de semana com a produção Bala Perdida

A população já pode notar uma grande movimentação em diversos pontos da capital mato-grossense. Desde este fim de semana, a cidade transformou-se em um grande set de filmagens, com seis projetos sendo rodados em diversas locações. Contemplados no concurso para seleção de Projetos Audiovisuais, iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), Agência Nacional de Cinema (Ancine) e Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), começam a sair do papel. As filmagens do curta-metragem, Bala Perdida, projeto de Justino Astrevo, com direção de Luiz Marchetti, abriram a temporada. 
Mais de 300 profissionais estão envolvidos neste primeiro momento dos projetos selecionados no certame lançado em julho de 2016, que contempla o desenvolvimento de 13 projetos em Mato Grosso nas áreas de curta, média e longa-metragem em ficção e animação, telefilme documental e pilotos de produtos para a TV. O investimento é de R$ 4,5 milhões, sendo R$ 1,5 milhão da SEC e R$ 3 milhões do FSA. Representantes do segmento afirmam que este investimento no segmento do audiovisual é histórico. 
Além da produção de Justino Astrevo Aguiar – que conta com 40 profissionais entre técnicos, diretores e elenco -, outros quatro curtas e um piloto de telefilme documental começam a ser idealizados nos próximos dias. As gravações seguem até o final do mês de maio, mas no próximo semestre, outras produções começam a ser filmadas. “É um investimento importante. Gera trabalho, renda e perspectiva para o audiovisual de MT, além de valorizar profissionais locais e proporcionar exercício de cinema no interior do Brasil”, ressalta Justino, o Lau da dupla Nico e Lau, que protagoniza o curta ao lado de Lioniê Vitório. 
Bala Perdida, da MT Okamura, é uma peça de ficção que se inspira na realidade e tem, como pano de fundo, cenas extraídas da vida periférica da sociedade. A presença dos humoristas Nico e Lau busca dar leveza à abordagem de temas fortes como a violência urbana.

BALA PERDIDA O NOVO FILME DE J. ASTREVO AGUIAR




















BALA PERDIDA NOVA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL DA NICO E LAU PRODUÇÕES E MTO2 MARKETING







Lioniê Vitório, Jefferson Jarcem (ator) e J. Astrevo.





Bactéria (Romeu Benedicto)

Nico e Josefin (assistente de figurino)


Agradecimento à Polícia Militar do Estado de Mato Grosso, que teve uma participação especial no filme.







Yuri Kopcak (diretor de som), Bacana (Técnico) Lioniê Vitório e Marcelo Okamura.

Diretor de fotografia João Bertoli, Proprietário da MTO Marketing Marcelo Okamura, Lioniê Vitório (ator), J. Astrevo (ator e roteirista do filme) e Luiz Marchetti (Diretor do filme)

LIONIÊ VITÓRIO e a produtora do filme DANIELA ARANTES.